18 março 2009

No Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21 de março) um Tributo ao Poeta Oliveira Silveira

 

Santa Maria/RS: Mostra fotográfica em homenagem ao poeta e escritor Oliveira Silveira, em 21/03/09, no Museu Treze de Maio. Além da exposição fotográfica, um sarau literário, com declamação das suas poesias interpretadas por  mulheres negras, jovens e crianças, ao som de berimbaus, atabaques, tambores, com demonstração de capoeira e dança afro.

Comissão Organizadora: Augusto Britto - Geanine Vargas Escobar - Letícia Moreira - Mateus Lesina

No Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21 de março) um Tributo ao Poeta Oliveira Silveira

O Museu Treze de Maio realizará neste dia, a partir das 10 horas, uma homenagem ao poeta Oliveira Ferreira Silveira, recentemente falecido. A data lembra o Massacre de Shaperville, ocorrido em 1960, na cidade de Joanesburgo. Naquele ano, o governo racista da África do Sul passou a exigir que o povo negro sul-africano portasse cartões de identificação, com especificação dos locais por onde poderia circular.

Era uma manifestação pacífica, com 20 mil participantes protestando contra a “lei do passe”, a maioria mulheres e crianças. Ao alcançar o Bairro de Shaperville, os manifestantes foram recebidos a bala pelas tropas do exército, sendo mortas 69 pessoas, ficando 186 feridas.

A notícia e as cenas da tragédia ganharam as páginas dos principais jornais e televisões do mundo. Para não esquecer o acontecido, a Organização das Nações Unidas instituiu essa data, como o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial”. O Massacre foi também determinante para que Mandela optasse pela luta armada.

Para lembrar a data, o Museu Treze de Maio (MTM) realizará um sarau literário, com abertura da mostra fotográfica sobre o Poeta Oliveira Silveira. Na sua história de vida, dois fatos sobressaíram: primeiro, ele foi um dos idealizadores do “Dia da Consciência Negra” e segundo, incluiu na sua produção literária a figura do negro como parte integrante da vida campeira gaúcha: na charqueada, na fazenda, carreteando, no galpão...

“Desde os tempos primitivos

Do velho pago nascente

O negro esteve presente

E junto ao guasca bagual

Mostrou valentia igual

Quando não foi mais valente”.

Oliveira Silveira

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Rubinei Silva Machado
telefone: 55 84020723
email: rubinei_53@gmail.com
mensagem:
Quando duas mãos  se encontram refletem uma sombra da mesma cor.

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